Petrobras e BNDES investem R$ 42 milhões em projetos de restauração ecológica no Cerrado e Pantanal em cinco estados brasileiros.

BNDES e Petrobras anunciam apoio a projetos de restauração ecológica no Cerrado e Pantanal

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Petrobras uniram forças para investir R$ 42 milhões na recuperação e conservação de áreas dos biomas Cerrado e Pantanal. O projeto irá contemplar áreas a partir de 200 hectares, distribuídas pelos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais. A iniciativa terá um prazo de execução de até quatro anos.

A Petrobras anunciou que as áreas selecionadas podem estar localizadas em qualquer parte de dez corredores de biodiversidade dos biomas Cerrado e Pantanal, entre eles a Bacia do rio Jauru, Chapada dos Guimarães, Emas-Taquari, Figueirão-Rio Negro-Jaraguari, entre outros. A intenção é unir fragmentos florestais remanescentes e contribuir para o deslocamento de animais e a dispersão de espécies vegetais por meio da propagação de sementes.

Além disso, a proposta visa à originação de créditos de carbono, ampliando os benefícios dos projetos. Os recursos serão aplicados com base em um novo edital da iniciativa denominada Floresta Viva, que foi lançado durante a COP 28 em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Para participar da seleção pública, as propostas devem ser apresentadas por instituições sem fins lucrativos, como associações civis, fundações privadas ou cooperativas. O prazo para envio das propostas é até março de 2024. Todo o processo será conduzido e gerido pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), uma organização da sociedade civil de interesse público criada para estimular ações estratégicas relacionadas à conservação e o uso sustentável da diversidade biológica no Brasil.

Segundo a Petrobras, o Cerrado abriga 5% de todas as espécies no mundo e 30% das espécies do país, muitas delas endêmicas, ou seja, que só existem nesse ambiente. No entanto, o bioma é um dos mais ameaçados pelo desmatamento. Já o Pantanal possui uma rica biodiversidade, com mais de 4.700 espécies catalogadas, mas enfrenta ameaças devido ao desmatamento e às queimadas.

A iniciativa Floresta Viva é considerada um sucesso e já inspirou outras ações, como o recém-lançado Arco de Restauração da Amazônia, uma iniciativa que destinará R$ 1 bilhão para a reconstrução da floresta. Tanto a Petrobras como o BNDES veem na restauração ecológica dos biomas brasileiros uma das formas mais eficientes e econômicas para responder à crise climática extrema, além de gerar impacto socioeconômico e contribuir para a conservação da biodiversidade.

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