Diante desse cenário de incerteza, o governador de Alagoas, Paulo Dantas, anunciou a desapropriação da área da Braskem para a construção de um parque, visando preservar a memória dos moradores dos bairros afetados pelo colapso. No entanto, a preocupação com o possível impacto ambiental do desabamento ainda é uma questão em aberto.
Segundo especialistas, existe o risco de um fenômeno chamado dolinamento, que pode resultar na abertura de uma grande cratera, ampliando a área do lago Mundaú. A nota técnica conjunta divulgada pelas defesas civis municipal, estadual e nacional estima que o dolinamento afetaria uma área três vezes maior do que a mina em si.
Além disso, as instalações da Braskem à beira do lago Mundaú já foram parcialmente inundadas pelo afundamento do solo, levantando preocupações sobre o possível impacto nos equipamentos e veículos da empresa, que poderiam ser sugados para dentro do lago em caso de dolinamento.
A perda dos equipamentos de monitoramento da mina após o colapso também é um agravante da situação, levando a empresa a enviar um novo aparelho para a área a fim de detectar movimentações do solo. A área residencial próxima à mina já foi desocupada e as residências demolidas, mas a preocupação com a qualidade da água e a biodiversidade da lagoa também estão em pauta.
Diante desse cenário, o governo e as autoridades locais estão atentos aos desdobramentos do colapso na mina 18 da Braskem, preocupados com os possíveis impactos ambientais e sociais. Enquanto isso, os moradores de Maceió e região aguardam por mais informações e ações concretas para lidar com a situação e seus desdobramentos.