A ação foi realizada em conjunto com a direção da Penitenciária “ASP Joaquim Fonseca Lopes” de Parelheiros e a professora de biologia da Escola Estadual “Leda Guimarães Natal”, contando com o apoio da Coordenadoria das Unidades Prisionais da Região Metropolitana de São Paulo (Coremetro) e da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).
O projeto de biotecnologia, que envolveu experimentos realizados pelos alunos do Ensino Médio da escola vinculadora da Penitenciária de Parelheiros durante os anos de 2022 e 2023, teve foco na agricultura. Sob a orientação da professora de biologia, Cleide Maria de Oliveira Nogueira, os estudantes se dedicaram à criação de uma nova espécie de pimenta, resultante do cruzamento das espécies Dedo de Moça, Malagueta e Biquinho.
Além disso, a participação na cerimônia de premiação, que aconteceu na sede da Diretoria Regional de Ensino – Sul, rendeu uma entrega especial aos reclusos participantes que, devido ao regime fechado, não puderam estar presentes no evento externo. O diretor da unidade escolar que atende a penitenciária, Walter Neves, destacou a importância de levar o trabalho dos alunos além dos portões da unidade prisional, ressaltando que essa ação pioneira foi um divisor de águas para a educação do Estado de São Paulo.
Para a professora Cleide, a premiação dos reclusos com o terceiro lugar na Mostra foi incomum e representou a primeira vez que uma equipe de alunos do sistema prisional teve a chance de participar. Ela garantiu que isso é a prova do potencial transformador e ressocializador da educação.
O aluno Rafael, que participou do experimento, enfatizou que a educação trouxe conhecimento na área de Biotecnologia, além da técnica de polinização cruzada, proporcionando a geração de um fruto com características de duas espécies. Em suma, essa iniciativa demonstra que a educação tem o potencial de transformar vidas e ressocializar, levando adiante os esforços para a reintegração dos reclusos na sociedade.