Mineração da Braskem em Maceió acelera e risco de colapso aumenta, alerta Defesa Civil

A situação na área da mina 18 da Braskem, localizada no bairro Mutange em Maceió, está se agravando a cada dia. Segundo informações divulgadas pela Defesa Civil Municipal, a velocidade de movimentação do solo atingiu 0,54 centímetros por hora, um aumento em relação aos 0,35 centímetros por hora registrados de manhã. O risco de colapso é iminente e a população foi orientada a não transitar na área desocupada até novas atualizações das autoridades.

Nas últimas 24 horas, o terreno cedeu 13 centímetros, totalizando um afundamento de 2,24 metros desde o alerta de risco de colapso emitido em 29 de novembro. Como medida preventiva, o bairro já havia sido desocupado devido ao risco iminente de desabamento. A região, próxima à lagoa Mundaú e ao antigo Centro de Treinamento do CSA, clube de futebol local, vinha sendo monitorada há anos e a situação era considerada estável até recentemente.

A instabilidade do solo, que é atribuída à extração de sal-gema pela Braskem até 2019, tem causado danos também em outros bairros, levando à desocupação de diversas residências. A mina 18 é apenas uma das 35 cavidades abertas pela empresa, com 500 mil metros cúbicos, de acordo com informações da prefeitura. A possibilidade de um colapso iminente não permite prever o tamanho da cratera que se formará.

Os impactos causados pela Braskem resultaram em multas de mais de R$ 72 milhões aplicadas pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas. A empresa já recebeu 20 autuações desde 2018, o que motivou a instalação de uma CPI no Senado para apurar os impactos da extração de sal-gema em Maceió. A situação na área da mina 18 é apenas um reflexo do dano ambiental e social causado pela exploração da Braskem, e a população aguarda impacientemente por medidas efetivas para conter a deterioração da região. Enquanto isso, a incerteza paira sobre o futuro das comunidades afetadas.

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