Repórter São Paulo – SP – Brasil

Israel luta contra líderes do Hamas em Gaza e exibe prisioneiros palestinos nus em busca de explosivos.

Neste domingo, 10, novas batalhas foram registradas na região de Gaza, em meio a uma escalada de conflitos entre Israel e o território controlado pelo grupo Hamas. De acordo com informações do primeiro-ministro do Catar, Tamim bin Hamad Al Thani, que atua como mediador no conflito, os esforços para cessar a guerra e libertar reféns continuam, mas a vontade de diálogo parece ter diminuído nas últimas semanas.

As forças israelenses enfrentam forte resistência, especialmente no norte de Gaza, onde ataques aéreos têm destruído bairros inteiros e tropas terrestres atuam há mais de seis semanas. Imagens veiculadas por um canal de televisão de Israel mostraram dezenas de pessoas detidas, vestindo apenas cuecas e com as mãos para cima, enquanto outros estavam desarmados, amarrados e com os olhos vendados.

Os que foram libertados no sábado relataram à Associated Press que foram espancados e privados de comida e água durante o período em que estiveram detidos. Segundo o porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, as prisões ocorreram em redutos do Hamas, e a razão para despir os detidos seria evitar que estivessem escondendo explosivos.

Além disso, intensos combates seguem acontecendo em áreas urbanas densamente povoadas, como na cidade de Gaza e no campo de refugiados de Jabaliya, que abriga famílias palestinas que fugiram ou foram expulsas de territórios que hoje pertencem a Israel desde a guerra de 1948.

Na cidade de Khan Younis, localizada no sul da região, também foram registradas batalhas intensas. O cenário é de grande conflito e tensão, com a população civil sendo afetada diretamente pelos combates.

A situação, que já se arrasta por semanas, mostra poucos sinais de que um acordo ou trégua possam estar próximos, aumentando a preocupação quanto ao impacto humanitário e à perda de vidas na região de Gaza. A comunidade internacional continua pressionando por um fim imediato às hostilidades, mas as perspectivas de uma solução pacífica seguem incertas.

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