Este incidente ocorreu após a mina ser monitorada devido a abalos sísmicos nas últimas semanas, e apesar dos efeitos do afundamento do solo provocado pela mineração, a área afetada já havia sido desocupada, não resultando em vítimas. No entanto, cerca de 60 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e animais também foram abandonados.
O prefeito ressaltou a dificuldade de identificar os impactos ambientais sobre a lagoa do Mundaú e afirmou que ainda não é possível fazer um diagnóstico completo dos danos provocados pela mina, já que parte dos equipamentos de monitoramento interno ficaram sem funcionalidade. Estudos descartam reação em cadeia para outras minas na região, mas a extensão dos danos permanece desconhecida.
O governador Paulo Dantas também se pronunciou sobre o incidente, afirmando que a área afetada foi precisamente identificada pelos técnicos e que medidas serão tomadas para responsabilizar a Braskem pelos danos causados à população de Maceió e de Alagoas. A exploração de sal gema em Maceió foi suspensa em maio de 2019 após a divulgação de um laudo apontando danos ao solo no município.
Este não foi o primeiro incidente relacionado à mineração da Braskem em Maceió. Relatos de danos no solo surgiram em meio a tremores de terra em 2018, afetando milhares de residências e estabelecimentos comerciais. O impacto ambiental e social gerado por esses eventos continua a representar um desafio para as autoridades locais e a empresa responsável. A situação reforça a necessidade de maior fiscalização e medidas de segurança para garantir a proteção da população e do meio ambiente.