Agora, o governo estadual está em contato com os municípios para discutir a substituição dos contratos existentes com a Sabesp. O objetivo é negociar um plano de investimentos para cada município afetado pela privatização. No entanto, o governador afirmou que a adesão dos municípios à privatização é voluntária e que está sendo mostrada a vantagem e os investimentos que serão realizados nos próximos anos.
Freitas ainda destacou que a previsão é apresentar em breve um modelo regulatório para o mercado financeiro, visando estabelecer diretrizes claras para a atuação das empresas privadas no setor de saneamento básico. Além disso, o governador se mostrou contra a ideia levantada por vereadores da cidade de São Paulo de criar uma empresa municipal para assumir os serviços de fornecimento de água e coleta e tratamento de esgoto, afirmando que isso não faria sentido para a capital paulista.
Por outro lado, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) também descartou a possibilidade de criar uma empresa municipal para assumir os serviços da Sabesp. Segundo Nunes, a Prefeitura não vai cuidar de saneamento, pois o governo municipal não entende desse tipo de serviço. Ele enfatizou que a administração municipal está focada na desestatização e na agilidade nos processos, e que trazer para a Prefeitura a responsabilidade sobre os serviços de água e esgoto não resolveria nada.
Portanto, a sanção do projeto de lei marca um novo capítulo na história da Sabesp e do saneamento básico no estado de São Paulo. Com a sinalização do governo e a rejeição por parte do prefeito e vereadores da capital, a privatização da companhia de água e esgoto ainda promete gerar mais debates e discussões nos próximos meses.