Chuvas deixam dois mortos e mais de 300 desabrigados em Angra dos Reis, Rio de Janeiro, e alerta para riscos em outras regiões.

Desde a noite de sexta-feira (10), as fortes chuvas que caíram sobre o Rio de Janeiro deixaram um rastro de destruição em Angra dos Reis, no litoral sul do estado. Os registros apontam dois mortos e mais de 300 desabrigados devido à combinação do elevado índice pluviométrico e a subida da maré, que provocou inundações no bairro do Bracuí. Em alguns pontos, a água atingiu a marca de três metros de altura, causando a perda de vidas e um cenário de caos na região.

As vítimas fatais, ambos idosos residentes de um asilo, não conseguiram se salvar da rápida subida da água, resultando em afogamento. Outros 25 idosos do asilo foram levados em segurança para um abrigo, mas 312 pessoas foram transferidas para dois abrigos na cidade. Equipes de resgate estão nas ruas com maquinário para limpeza e desobstrução das vias atingidas.

Essa não é a primeira vez que Angra dos Reis passa por tragédias causadas por chuvas intensas. Em abril de 2022, pelo menos 18 pessoas morreram em decorrência de deslizamentos de terra. Situada entre a baía da Ilha Grande e a serra do Mar, a cidade tem diversas regiões com alto risco de desabamentos, o que a torna ainda mais vulnerável a desastres causados por chuvas.

A preocupação com as chuvas também se estende à capital fluminense, que amanheceu chuvosa no sábado (11). O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê que as chuvas continuarão a cair na cidade nos próximos dias, o que coloca em alerta as autoridades locais.

Além disso, o Inmet emitiu um alerta de temporal no litoral norte de São Paulo, Vale do Paraíba e todo o estado do Rio, destacando a condição de perigo, com risco de alagamentos, deslizamentos de encostas e transbordamentos de rios. A região do litoral paulista foi recentemente afetada por uma grande tempestade que resultou na morte de 65 pessoas nos dias 18 e 19 de fevereiro em São Sebastião.

A previsão de chuvas intensas também se estende a áreas que abrangem o litoral norte do Rio, o leste de Minas Gerais e o sul do Espírito Santo, com riscos de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas. As autoridades e agências de proteção civil estão em alerta e recomendam que a população tome as devidas precauções diante desse cenário de perigo iminente.

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