Taxa de transmissão vertical do HIV é reduzida para menos de 2% no Estado de São Paulo, atingindo metas estabelecidas para 2023.

No mês em que se comemora o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, o estado de São Paulo comemora uma grande conquista na área da saúde. A taxa de transmissão vertical do HIV, que é a infecção passada da mãe para o bebê durante a gestação, o parto ou a amamentação, caiu para menos de 2% no Estado de São Paulo. Esse resultado é fruto do trabalho do Centro de Referência e Treinamento DST/AIDS e do Programa Estadual de IST/Aids, que receberam o selo de boas práticas e a certificação internacional para eliminação da transmissão do HIV e Sífilis, além de alcançar a categoria bronze para Sífilis Congênita.

De acordo com a coordenadora da Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde, Regiane Cardoso de Paula, “a transmissão vertical de infecções sexualmente transmissíveis representa um grande desafio para a saúde pública, especialmente quando não tratadas oportunamente durante a gestação.” Ela ressalta o compromisso incansável do Estado em alcançar padrões internacionais e eliminar essas ameaças à saúde.

A terapia antirretroviral (Tarv) e outras medidas preventivas adotadas pelo Estado foram essenciais para reduzir a taxa de transmissão vertical do HIV para menos de 2%. Sem a terapia, a transmissão atinge até 30% dos bebês de gestantes com a doença. Além disso, a Sífilis Congênita, de forma semelhante, torna-se totalmente evitável com diagnóstico precoce e tratamento adequado durante o pré-natal, utilizando penicilina benzatina.

O processo de certificação contou com a colaboração de diversos parceiros da Secretaria da Saúde, incluindo o Instituto Adolfo Lutz, Área Técnica da Saúde da Mulher, da Criança, Núcleo Técnico de Humanização, Comitê Estadual de Vigilância à Morte Materna, Infantil e Fetal, Atenção Básica e Sociedade Civil.

Para manter a certificação, São Paulo passará por avaliações regulares a cada três anos. O trabalho conjunto dos técnicos do Programa Estadual de IST/Aids, da Secretaria da Saúde, das regionais, dos Grupos de Vigilâncias Epidemiológicas, das equipes de saúde dos 645 municípios e da sociedade civil foi essencial para alcançar esse objetivo em 2023, e o governo do Estado vai garantir a sua continuidade no futuro.

A estratégia do Estado e o esforço concentrado em ações de vigilância, prevenção e controle da transmissão vertical de HIV e sífilis, alinhados à assistência adequada durante o pré-natal, contribuem para eliminar esses agravos evitáveis, promovendo a saúde e o bem-estar da população. Este avanço representa um marco importante na luta contra a Aids, colocando São Paulo na vanguarda do combate a essa doença e estabelecendo um exemplo para outras regiões no Brasil e no mundo.

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