Manifestantes que protestaram na Alesp contra privatização da Sabesp permanecem presos após decisão da Justiça.

Na última quarta-feira (6), durante a votação da proposta que autoriza a venda do controle acionário da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), quatro manifestantes foram detidos pela Polícia Militar. Desses, dois permanecem presos até o momento, aguardando audiência de custódia e respondendo acusações de quebra de móveis na Alesp e agressão a policiais.

Entre os detidos estão o professor Lucas Carvente, de 26 anos, e o estudante Hendryll Luiz, de 22 anos, acusados de participarem do ato contra a privatização da Sabesp. De acordo com a advogada Raquel Brito, que representa a Unidade Popular, as prisões são consideradas injustas, argumentando que as manifestações eram legítimas em um ambiente que deveria ser propício ao debate democrático.

A defesa dos detidos alega que ambos cumpririam os requisitos necessários para responderem ao processo em liberdade, destacando que possuem emprego, residência fixa e não representam qualquer risco ao andamento do processo. A Unidade Popular informou, em nota, que continuará mobilizada até que todos os manifestantes presos sejam libertados e suas acusações retiradas, destacando que lutar pelo acesso à água e pela manutenção desse recurso natural deve ser um direito, e não um crime.

Lucas Carvente é professor na rede estadual de ensino na zona sul de São Paulo e cursa mestrado em ciências sociais na Universidade Federal de São Paulo, além de atuar como militante do Movimento Luta de Classes. Já Hendryll Luiz é estudante de Engenharia de Petróleo na mesma universidade, sendo também militante da União da Juventude Rebelião.

Enquanto permanecem aguardando a audiência de custódia, a situação dos manifestantes presos continua gerando discussões e mobilizações em defesa de suas liberdades. A Unidade Popular também destaca a importância de lutar pelos direitos civis e pela justiça em casos como esse, ressaltando a necessidade de assegurar o direito legítimo de manifestação.

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