De acordo com informações obtidas, o Ibama multou o ex-ministro do governo de Jair Bolsonaro por manter pássaros em cativeiro dentro de sua residência em Brasília. A mãe de Torres também foi indiciada no caso.
A defesa de Anderson Torres se manifestou, alegando que a PF não teria competência para atuar no caso e citou um parecer do Ministério Público Federal (MPF) que contestou a competência da Justiça Federal para julgar o tema. Além disso, ressaltou que o ex-ministro deseja ser investigado na esfera competente e destacou que a PF indiciou Torres e a mãe sem ouvi-los.
Em agosto, o MPF se posicionou a favor da competência da Justiça Estadual para conduzir as investigações, no entanto, o juiz federal Frederico Botelho de Barros Viana negou o trancamento da ação, destacando a necessidade do encerramento da instrução criminal para se decidir sobre a competência do caso.
Segundo documentos obtidos, Torres é indiciado pela PF por quatro crimes, incluindo falsidade ideológica, posse irregular de animais silvestres, falsificação de selo ou sinal público e maus-tratos aos animais. Estes crimes envolvem a transferência de reservatórios de pássaros para o nome da mãe de Torres, posse irregular de animais silvestres, falsificação de selos e maus-tratos aos animais.
Caso condenado, Torres pode enfrentar penas que variam de seis meses a cinco anos de reclusão, além do pagamento de multas.
Esse caso levanta questões importantes sobre a posse e cuidado de animais silvestres, além de chamar atenção para a necessidade de vigilância e proteção a essas espécies ameaçadas de extinção. A atuação da PF e do judiciário será fundamental para a resolução desse caso e para garantir a aplicação da justiça de forma adequada.