A situação em que a comunidade se encontra é preocupante. Ao lado da casa de Roseilda, todas as residências foram evacuadas e fechadas, deixando um cenário de abandono. Ela descreve a sensação de insegurança e medo diante do cenário que se desenha. Cada tremor sentido é um alerta de que algo pior pode acontecer, levando ao aumento da destruição em sua casa, cheia de rachaduras e com o chão cedendo. A situação é ainda mais alarmante diante do fato de que a rua em frente à sua casa não foi evacuada, gerando confusão e medo entre os moradores.
O impacto para a população local é amplo e diversificado. Para o professor da Universidade Federal de Alagoas, Cícero Péricles Carvalho, as consequências vão desde o deslocamento de milhares de famílias até a queda da indústria do turismo e o impacto na atividade de pesca. A crise atual pode, inclusive, levar a uma desvalorização imobiliária e afastar investimentos na cidade como um todo.
A engenheira geóloga Regla Toujaguez La Rosa Massahud alerta para o risco de colapso em outras minas da Braskem, embora ressalte que o processo de preenchimento das minas pode ajudar a mitigar esse problema. A empresa, por sua vez, informa que as atividades para preencher a mina 18, que disparou o alerta de risco de colapso, estavam em andamento.
Enquanto as autoridades e a empresa tentam controlar a situação, os moradores como Maria Luci Trindade da Silva, de 74 anos, vivem na incerteza e no medo constante. Ela reclama da falta de informações oficiais e da sensação de desamparo diante do perigo iminente. Já Adriana José, de 39 anos, desabafa sobre a rotina de medo e a sensação de isolamento social que a família enfrenta.
A população local clama por mais informações, medidas concretas para garantir a segurança e a realocação adequada das famílias afetadas. Enquanto isso, a incerteza paira sobre a região do Pinheiro em Maceió, deixando os moradores vulneráveis e em estado de apreensão constante.