Tribunal Penal Federal da Suíça autoriza repatriação de R$ 80 milhões de contas bloqueadas de Paulo Maluf para o Brasil.

O Tribunal Penal Federal da Suíça autorizou a repartição para o Brasil de cerca de R$ 80 milhões que estavam bloqueados em contas do ex-deputado federal Paulo Maluf. A decisão foi informada pela Advocacia-Geral da União (AGU) nesta quinta-feira (7) e é fruto de um procedimento de cooperação internacional apresentado em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF).

Essa repatriação dos recursos foi determinada devido à condenação de Maluf por desvios de recursos nos anos 1990, período em que era prefeito de São Paulo. O dinheiro desviado foi enviado para o exterior e parte dele foi utilizado para comprar ações da empresa que pertence a sua família.

A advogada da União Sara Lopes destacou a importância da autorização para a repatriação dos valores, afirmando que representa uma vitória para o combate à corrupção. Ela ressaltou o trabalho conjunto dos órgãos competentes de Estado para atuação em foro estrangeiro no combate a crimes financeiros.

Apesar da autorização para a repatriação, o processo ainda está em andamento e a quantia segue bloqueada até o fim da tramitação. A AGU informou que Maluf foi condenado pelo STF a dez anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro em 2017. Atualmente, aos 92 anos, ele está em liberdade por ter cumprido mais de um terço da pena e preenchido os requisitos legais para ser beneficiado pelo indulto natalino.

Essa notícia demonstra um avanço no combate à corrupção e no processo de recuperação de recursos desviados. A atuação conjunta entre a AGU, o MPF e as autoridades suíças mostra a importância da cooperação internacional no enfrentamento de crimes financeiros, possibilitando a repatriação de valores significativos.

Ainda assim, é fundamental que o processo de repatriação seja concluído de forma eficiente e que os recursos sejam devidamente devolvidos ao Brasil, contribuindo para a reparação dos danos causados pelos desvios de recursos. Essa decisão representa mais um passo em direção à justiça e à responsabilização daqueles envolvidos em atos de corrupção.

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