Quatro bancos de fomento investirão US$ 10 bilhões em projetos de integração da América do Sul, anunciados durante cúpula do Mercosul.

Quatro bancos de fomento anunciam investimento de US$ 10 bi em projetos de integração na América do Sul

Durante a última quinta-feira (7), a Cúpula do Mercosul, que aconteceu no Museu do Amanhã, localizado na cidade do Rio de Janeiro, foi palco do anúncio de um investimento significativo em projetos de integração da América do Sul. Os bancos envolvidos são o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata).

Denominada “Rotas para a Integração”, a iniciativa tem como objetivo desenvolver a infraestrutura, o comércio e as trocas estratégicas na região sul-americana. Estima-se que pelo menos cinco redes de conexão no continente serão contempladas pelo investimento. Durante o evento, estiveram presentes representantes de diversos países, como o presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, os presidentes da Bolívia, Luis Arce, e do Paraguai, Santiago Peña, além de líderes dos bancos de fomento e ministros.

As rotas principais incluem conexões entre o norte do Brasil e países como Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela, além de outras ligando o Brasil a Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Argentina, Chile e Uruguai. Segundo Simone Tebet, ministra do Planejamento, 124 obras relacionadas a essas rotas já estão identificadas e fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Brasil.

De acordo com o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o investimento é estratégico devido às significativas relações comerciais que o Brasil mantém com os países vizinhos. Mercadante ressaltou a importância de fortalecer a logística, estradas, ferrovias, pontes, integração energética, fibra ótica, serviços, turismo, emprego e renda para todos os envolvidos.

“As exportações do Brasil para a América do Sul são de US$ 35,2 bilhões. Para os Estados Unidos, são de US$ 28,7 bilhões”, comparou Mercadante. “Por isso, faz todo sentido termos mais logística, estradas, ferrovias, pontes, integração energética, fibra ótica, serviços, turismo, emprego e renda para todos. E quanto mais unida estiver a América do Sul, mais força diplomática teremos para intervir nos postos internacionais”.

O projeto prevê a realização das rotas até 2026, impulsionando o desenvolvimento econômico e social em toda a América do Sul. A iniciativa é vista como uma oportunidade para fortalecer os laços entre os países sul-americanos e para melhorar a posição diplomática do continente perante o cenário internacional.

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