As negociações entre os dois blocos já duram quase 20 anos e, nos últimos dias, líderes dos países e diplomatas intensificaram os esforços para alcançar um desfecho positivo. Durante a 28ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças do Clima (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o presidente da França, Emmanuel Macron, manifestou-se contrariamente ao acordo, citando preocupações do setor agrícola francês. Apesar disso, o Brasil se comprometeu a concentrar esforços para alcançar um acordo favorável para ambas as partes.
O ministro Mauro Vieira garantiu que as negociações continuam e que o posicionamento de Macron não altera a disposição do Brasil em buscar um acordo que atenda aos interesses de ambas as partes. “Não mudou nada. Nós continuamos conversando e negociando. O Macron expressou as posições dele como presidente da França, tendo em vista as preocupações do setor agrícola francês. Nós continuamos conversando até que se conclua ou se chegue à percepção de que não é possível firmar esse acordo. Mas estamos trabalhando”, afirmou o ministro brasileiro.
Apesar dos obstáculos e das divergências de opiniões, o Brasil mantém a esperança de concluir as negociações e formalizar o acordo com a União Europeia. A previsão é que as discussões continuem nos próximos meses, com a possibilidade de um desfecho positivo até o início de fevereiro de 2024, durante a presidência paraguaia no Mercosul.
A expectativa é que as partes envolvidas continuem empenhadas em superar as diferenças e chegar a um consenso que beneficie tanto o Mercosul quanto a União Europeia, promovendo uma maior integração e cooperação entre os dois blocos econômicos. A conclusão desse acordo representaria um marco na história das relações internacionais e teria o potencial de impulsionar o comércio e o desenvolvimento econômico em ambas as regiões.