Em resposta, a Promotoria informou que já tomou providências para investigar a fala do vereador e também contestou suas declarações. Além disso, o Ministério Público tentou colocar Paulo Victor contra a parede, destacando que ele confessou ter nomeado pessoas por exigência do promotor visando “resolver” as investigações, o que caracterizaria, em tese, um crime de corrupção passiva.
Além disso, a Promotoria levantou suspeitas sobre o timing da denúncia do parlamentar e questionou a relação entre ele e o promotor, que remonta ao período em que Paulo Victor atuava como Secretário Estadual de Cultura. Para o Ministério Público, a atitude do presidente da Câmara é preocupante, pois ele admitiu ter nomeado pessoas em troca de obstruir investigações e ter contribuído para o vazamento de uma decisão judicial sigilosa.
A nota divulgada pelo Ministério Público também destacou que o presidente da Câmara não explicou como teve acesso à decisão judicial sigilosa e questionou por que ele não comunicou as autoridades ao tomar conhecimento do vazamento. Além disso, o MP enfatizou que a atitude do vereador de utilizar o despacho obtido de forma ilícita em seu favor será objeto de investigação criminal.
Além das acusações mútuas entre o presidente da Câmara e o promotor de Justiça, a nota também lembrou da investigação em curso sobre supostas ilegalidades na destinação de recursos de emendas parlamentares por vereadores de São Luís, atingindo inclusive Ney Almeida Duarte, irmão de Paulo Victor.
Com todas essas alegações e contra-alegações, o embate entre o Ministério Público e o presidente da Câmara Municipal de São Luís promete se prolongar, trazendo à tona questões sobre ética, corrupção e transparência no cenário político e jurídico do Maranhão. O desenrolar dos acontecimentos promete ser acompanhado de perto pela população e pelas instituições responsáveis pela apuração dos fatos.