Força-tarefa em Maceió monitora risco de colapso da mina 18 da Braskem com sensores e satélites em tempo real

A cidade de Maceió está em alerta máximo diante do risco de colapso da mina 18 da Braskem. A Defesa Civil da cidade está conduzindo uma força-tarefa de monitoramento constante, com o apoio de diversos equipamentos para tentar prevenir os moradores de uma tragédia iminente.

O monitoramento teve início em 28 de novembro e desde então, o chão cedeu quase dois metros de profundidade. O ponto mais crítico está localizado no bairro do Mutange, um dos cinco bairros afetados pelas atividades de mineração da Braskem na capital alagoana.

A rede de monitoramento conta com 26 sensores de sismos, incluindo inclinômetros e tiltímetros, além de 76 receptores com Sistema Diferencial de Navegação Global por Satélite (DGNSS). A equipe responsável pelo monitoramento é composta por 22 colaboradores, entre engenheiros, geógrafos, geólogos e meteorologistas, que se revezam em turnos para garantir a vigilância constante.

Aderson Farias do Nascimento, coordenador do Laboratório Sismológico da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, afirmou que o monitoramento foi montado pela Braskem em conjunto com as universidades e se mostrou bem integrado.

A situação de alerta máximo foi decretada após o registro de tremores de magnitude 1,15 em novembro, seguidos de uma atividade contínua no subsolo. O afundamento do solo e a ocorrência de tremores consideráveis levaram a Defesa Civil a mudar a situação para nível de “alerta” e estabelecer um monitoramento contínuo.

Apesar de estimativas sobre o possível colapso da mina, as autoridades locais afirmam que não é possível prever com exatidão quando esse evento pode ocorrer. No entanto, a população de áreas afetadas, como Bom Parto e Flexais, recebeu a orientação para se realocar, pois, embora não sejam atingidas fisicamente pela mina, poderiam sofrer impactos indiretos em caso de colapso.

O monitoramento em Maceió é uma ação conjunta entre a Defesa Civil, a Braskem e universidades, visando garantir a segurança dos moradores diante do risco eminente de colapso.

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