Petrobras envia navio-sonda para perfurar bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte, em busca de petróleo e gás

A Petrobras anuncia uma nova etapa em suas atividades exploratórias, com a partida de um navio-sonda para perfurar a bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte. Este movimento marca o primeiro poço exploratório em toda a margem equatorial brasileira desde 2015, indicando um retorno da empresa a essa região promissora. O navio partiu do Rio de Janeiro na terça-feira (5) após passar por uma limpeza de casco e abastecimento na baía de Guanabara.

A perfuração será realizada no poço Pitu Oeste, o terceiro da concessão BM-POT-17, a 52 km da costa. A previsão é que a perfuração dure de três a cinco meses. A Petrobras recebeu do Ibama a licença de operação para perfuração de poços exploratórios, em águas profundas da bacia Potiguar. Além disso, a empresa planeja perfurar o poço Anhangá, na concessão POT-M-762, a 79 km da costa do Rio Grande do Norte e próximo ao poço Pitu Oeste.

O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, ressalta que o novo Plano Estratégico 2024-2028 prevê investimentos de 3,1 bilhões de dólares em atividades exploratórias na margem equatorial, destacando a confiança no potencial dessa faixa do litoral brasileiro para garantir a segurança energética do país. A margem equatorial no Brasil, que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá, é vista como uma nova fronteira exploratória de petróleo e gás, mas também representando grandes desafios socioambientais.

O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Joelson Mendes, destaca a importância do poço Pitu Oeste para a expansão das atividades da empresa no nordeste e no norte, ajudando a financiar a transição energética. Com a pesquisa exploratória em Potiguar, a companhia planeja obter mais informações geológicas da área para avaliar a viabilidade econômica e a extensão da descoberta de petróleo realizada em 2013 no poço de Pitu.

A retomada das atividades na Margem Equatorial é vista como promissora, mas também gera divisões de opinião no governo, especialmente no que diz respeito à exploração da Foz do Amazonas, onde o Ibama barrou a pesquisa até o momento. A perfuração do poço Pitu Oeste representa um passo importante para o avanço exploratório da Petrobras nessa região estratégica para o setor de petróleo e gás no país.

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