Equipe da AGU vai a Maceió avaliar repactuação de acordos com Braskem após risco de colapso em mina.

A Advocacia-Geral da União (AGU) está tomando medidas para lidar com a situação provocada pela empresa Braskem em Maceió (AL). A petroquímica é responsável pela extração de sal-gema, que causou risco iminente de colapso da mina número 18, na área localizada no bairro do Mutange, devido ao buraco formado no subsolo pela atividade de exploração da jazida do sal.

Durante uma reunião em Brasília, o advogado-geral da União, Jorge Messias, anunciou a decisão de enviar uma equipe de advogados públicos da Procuradoria-Geral da União (PGU) para avaliar a possibilidade de repactuação de acordos já firmados com a Braskem. A reunião ocorreu a pedido do presidente em exercício, Geraldo Alckmin, e teve a presença do governador de Alagoas, Paulo Dantas.

A AGU informou que já está em apuração os fatos no âmbito da PGU e está sendo feito o levantamento dos contratos firmados anteriormente com a Braskem. Considerando que a situação desde a assinatura dos documentos mudou, a AGU poderá propor aditivos aos textos dos contratos com o objetivo de assegurar os ressarcimentos por danos aos atingidos pela exploração do sal-gema.

Além disso, a atuação da AGU pretende assegurar os interesses da União, visto que o governo federal tem imóveis na região impactada, em especial, terrenos da Marinha do Brasil. Em nota à Agência Brasil, o advogado-geral da União, Jorge Messias, manifestou preocupação com o agravamento da situação socioambiental desde a quinta-feira passada, com os afundamentos de terrenos em Maceió.

A equipe da AGU planeja conversar com representantes dos poderes locais, como o prefeito e governador, de instituições públicas competentes, como a procuradoria do município, e demais atores afetados pelo problema geológico que pode resultar na abertura de uma cratera em parte da capital alagoana.

A atuação da AGU visa não apenas assegurar os direitos das pessoas afetadas pela atividade da Braskem, mas também proteger os interesses da União, que possui propriedades na área. Esta é uma situação delicada que requer investigações criteriosas e ação rápida para garantir a segurança e o bem-estar da população local.

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