O Brasil também se destaca negativamente em comparação a países latino-americanos como Colômbia, Argentina e Chile, que possuem percentuais menores de pessoas sem ensino médio. Para a analista da síntese do instituto, Betina Fresneda, esse resultado está diretamente associado ao atraso do investimento em educação no Brasil em relação a outros países.
Outro dado alarmante é que, em 2022, apenas 20,7% das pessoas com idades entre 25 e 64 anos haviam concluído o ensino superior, o que representa cerca da metade da média registrada nos países da OCDE em 2021. Apesar de um aumento no percentual de pessoas com ensino superior na faixa etária de 25 a 34 anos, o Brasil ainda fica aquém da média da OCDE e de outros países latino-americanos.
O IBGE também destacou que a pandemia de Covid-19 impactou significativamente a frequência escolar no país. Entre 2019 e 2022, a frequência escolar teve um aumento em apenas um dos quatro grupos etários analisados, mostrando que o acesso à escola e o cumprimento das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação foram prejudicados.
Os dados evidenciam o desafio do Brasil em garantir um ensino de qualidade e a universalização do acesso à educação, destacando uma clara defasagem em relação a outros países, o que pode impactar o desenvolvimento econômico e social no longo prazo. A questão da educação no Brasil requer atenção e investimento por parte do governo e da sociedade para mudar esse cenário preocupante. Afinal, a educação é um dos pilares essenciais para o crescimento e o progresso de um país.