A preocupação do governador também se voltou para o déficit habitacional na capital alagoana, um problema agravado pelo risco de colapso da mina de sal. Segundo Dantas, todos os pedidos feitos ao presidente em exercício foram atendidos, incluindo o auxílio para os pescadores e marisqueiros no valor de R$ 2.640, que será pago a 6.000 pessoas afetadas pelas atividades da Braskem.
A situação em Maceió é extremamente preocupante, com o risco iminente de desabamento de uma área na região central da cidade devido às atividades de mineração. Cinco bairros tiveram que ser evacuados, afetando quase 60 mil pessoas e um hospital teve que ser esvaziado. Em decorrência desses acontecimentos, a prefeitura decretou situação de emergência.
A presença dos ministros Renan Filho (Transportes) e Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social) e do senador Renan Calheiros (MDB-AL) na reunião com o presidente em exercício ressaltou a gravidade da situação e a necessidade de uma atuação conjunta para lidar com os desdobramentos dessa crise.
O ministro Renan Filho, ao falar sobre o estuário lagunar Mundaú e Manguaba, destacou a importância econômica da pesca e da coleta de marisco na região, que sustentam a renda de muitas famílias. Paulo Dantas, por sua vez, reforçou o pedido da entrada da AGU para acompanhar todo o processo e garantir uma indenização justa às famílias afetadas.
Além disso, o governo do estado criticou o acordo firmado entre a Braskem e a prefeitura de Maceió em julho, que resultou no pagamento de uma indenização de R$ 1,7 bilhão. Dantas afirmou que o governo federal está comprometido em garantir a reparação adequada às vítimas e que solicitou a visita de Alckmin ou do presidente Lula, que chegou ao Brasil na noite desta terça-feira após uma viagem pela Europa e Oriente Médio.
Portanto, a atuação conjunta do governo federal, governo estadual e prefeitura de Maceió é fundamental para mitigar os impactos dessa crise e garantir a segurança e o bem-estar das famílias afetadas. A presença da AGU nesse processo é crucial para assegurar que a reparação às vítimas seja feita de forma justa e eficiente.