A participação social foi um dos pontos altos do evento, que contou com a presença de Mariana Duarte, representante da União de Negros e Negras pela Igualdade (Unegro), e vice-presidente do Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial. Segundo Mariana, a participação dos movimentos sociais é essencial para a transformação da sociedade, e ela espera que os presidentes dos países integrantes do Mercosul recebam e levem em consideração as demandas apresentadas no documento.
Outro ponto de destaque foi a crítica dos ativistas ao acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, que foi considerado como uma ameaça à sabedoria dos povos e territórios. As discussões e reivindicações dos participantes simbolizam uma retomada da participação social no Mercosul, que não realizava a Cúpula Social de forma presencial há sete anos.
Após o encerramento da Cúpula, o Museu do Amanhã passou por uma varredura de segurança para receber as autoridades nos próximos dias. Entre os assuntos que devem ocupar a agenda dos líderes estão as negociações do acordo de comércio com a União Europeia e a concretização de um tratado com Singapura.
Além disso, o encontro marcará a última reunião do Mercosul antes da mudança de governo na Argentina, com a posse do presidente eleito Javier Milei. Durante a campanha, Milei defendeu a saída da Argentina do bloco, mas recuou da ideia e passou a defender apenas mudanças. O presidente eleito tomará posse no domingo (10), e sua posição em relação ao Mercosul será acompanhada de perto pelos representantes dos demais países.
A Cúpula Social do Mercosul, que aconteceu em meio a debates e reivindicações por parte dos movimentos sociais, reforçou a importância da participação social na consolidação e expansão de direitos no bloco econômico, que abrange uma área de 14.869.775 quilômetros quadrados e uma população de 295 milhões de habitantes.