Os técnicos do Parque de Material Aeronáutico de São Paulo (PAMA-SP) serão responsáveis por substituir a lona rasgada pelos fortes ventos, além de pintar de branco a hélice e o trem de pouso. No entanto, a escolha da cor preta feita pela subprefeitura Santana foi criticada pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), já que todas as intervenções em obras do Acervo de Obras de Arte e Monumentos em Espaços Públicos da Cidade de São Paulo devem passar por uma aprovação prévia.
A gestão do prefeito Ricardo Nunes não comentou a intervenção no monumento, limitando-se a afirmar que a réplica do 14 Bis foi retirada da praça pela FAB (Força Aérea Brasileira) para ser restaurada. A FAB, por sua vez, confirmou que o monumento precisa de reparos por conta de danos causados pelo tempo, mas não se pronunciou sobre as modificações na cor da hélice e do trem de pouso.
Fotos enviadas pela Aeronáutica mostram desgaste na estrutura metálica da réplica, com focos de ferrugem e partes faltando. O restauro, que tem previsão de ser concluído entre quatro e seis meses, deverá adequar a réplica ao modelo inaugurado em novembro de 2006, após o original ter sido depredado e furtado. A última manutenção da réplica ocorreu há 17 anos.
A réplica em homenagem a Santos Dumont, conhecido como o pai da aviação, fica a poucos metros do aeroporto Campo de Marte e do Hospital da Força Aérea de São Paulo. A praça escolhida para receber o monumento também faz alusão ao marco na história da aviação, já que foi do campo de Bagatelle, em Paris, na França, que Santos Dumont decolou pela primeira vez, em 23 de outubro de 1906. Foi o primeiro voo homologado, segundo a FAB. Antes de ser renomeada como Campo de Bagatelle, em julho de 1974, durante as comemorações do centenário de Dumont, a praça se chamava Bandeirantes.