Durante seu pronunciamento, o senador citou algumas das denúncias contra o ministro, incluindo o uso irregular de um avião da Força Aérea Brasileira para comparecer a um leilão de cavalos de raça, bem como a nomeação de funcionários fantasmas no gabinete da Liderança do PDT no Senado.
Girão destacou que, de acordo com o jornal Estadão, houve a nomeação de Gustavo Gaspar, sócio do ministro em um haras no Maranhão, como funcionário fantasma no gabinete da Liderança do PDT no Senado, recebendo um salário de R$ 17 mil por mês, sem nunca comparecer ao trabalho. Além disso, sua irmã foi nomeada como assessora especial do Ministério das Comunicações, com um salário de R$ 13 mil por mês. O senador ressaltou que isso representa um abuso com o dinheiro do contribuinte e que é dever combater esse tipo de prática.
O parlamentar também mencionou suspeitas de ligação entre pessoas próximas ao ministro em contratos no valor de R$ 36 milhões da prefeitura de Vitorino Freire, no Maranhão, além de contratos sem licitação realizados pela prefeitura de São Luís com uma empresa ligada à família do ministro. Ele também citou o bloqueio de bens de Juscelino Filho pelo ministro Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações de desvios de verbas na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).
Ao refletir sobre a condescendência do governo com esses supostos crimes, Girão questionou as ações da Presidência da República. Ele criticou o aumento do número de ministérios, a expectativa do rombo nas contas públicas, o elevado gasto com viagens, entre outros pontos.
O discurso do senador evidencia a preocupação com a gestão do governo e a necessidade de combate à corrupção, destacando a importância da transparência e responsabilidade no uso dos recursos públicos. As denúncias levantadas por Girão revelam a necessidade de uma investigação mais aprofundada sobre as condutas do ministro das Comunicações e da sua equipe, além de gerar questionamentos sobre a postura do governo em relação a essas questões.
