A Defesa Civil de Maceió, no entanto, alerta que a área continua em risco iminente de colapso, enquanto a Defesa Civil de Alagoas avalia que a área está estável. Desde o início do monitoramento, o solo da mina afundou 1,69 metro até o último domingo.
O ministro do Turismo, Celso Sabino, também se pronunciou sobre o assunto, afirmando que o afundamento em Maceió não afetou nenhum ponto turístico, e que os turistas podem manter suas programações, uma vez que as atrações turísticas da cidade não sofreram consequências dos afundamentos. A situação nos arredores da mina chamou a atenção na última semana, quando a Defesa Civil de Maceió divulgou o risco iminente de colapso na região. A população próxima à área atingida foi orientada a deixar o local e a prefeitura decretou estado de emergência por 180 dias.
Os danos no solo em Mutange surgiram a partir de tremores de terra em março de 2018, atingindo cerca de 14,5 mil casas, apartamentos e estabelecimentos comerciais, além de outros bairros como Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto e Farol. Em 2019, o Serviço Geológico do Brasil concluiu que as atividades de mineração da Braskem em uma área de falha geológica foram responsáveis pelo problema. A empresa tinha 35 poços de extração de sal-gema em área urbana, material usado para produzir PVC e soda cáustica, mas suspendeu as atividades após a divulgação do laudo do Serviço Geológico.
A situação continua evoluindo, e as autoridades locais acompanham de perto as mudanças no solo e os riscos enfrentados pela população. O desastre ambiental em Maceió ainda motiva debates e preocupações sobre a segurança e sustentabilidade das atividades de mineração em áreas urbanas.