Durante a operação, os policiais apreenderam 11.000 dólares e 6.000 euros em um escritório de advocacia em Itatiba, que seria responsável por apresentar pedidos de guarda dos bebês. As investigações tiveram início quando a Promotoria de Valinhos informou a Polícia Federal sobre um recém-nascido que havia sido abandonado pela mãe no hospital onde nascera.
O bebê, que permanece no hospital, foi registrado como filho do suspeito. Os investigadores notaram que, em menos de um mês, o homem também havia registrado outra recém-nascida no mesmo hospital como sua filha, utilizando documentos falsos.
Além disso, a Polícia Federal identificou quatro viagens feitas pelo suspeito entre Brasil e Portugal, sendo duas delas este ano. A suspeita é que, em uma dessas viagens, o homem teria levado uma recém-nascida com menos de um mês para Portugal. Quando retornou a São Paulo, ele não estava com a criança, levantando a suspeita de que ele poderia estar retornando ao Brasil para buscar o outro recém-nascido no hospital.
Diante disso, a alta hospitalar do bebê foi adiada, e a Polícia Federal iniciou uma série de diligências com o apoio do Ministério Público do Estado de São Paulo, Ministério Público Federal e a Justiça Federal. A Adidância da Polícia Federal em Portugal foi acionada para tentar localizar a recém-nascida que já havia sido levada para a Europa.
Os envolvidos poderão responder por tráfico internacional de crianças, registro falso, promoção de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro, entre outros delitos, com pena que pode ultrapassar 18 anos. A prisão do suspeito representa um avanço nas investigações sobre esse suposto esquema de tráfico internacional de bebês. A Polícia Federal continuará acompanhando e investigando o caso para garantir a segurança e integridade das crianças envolvidas.