Ministro do Turismo garante que afundamento da mina da Braskem em Maceió não afeta pontos turísticos da cidade

O ministro do Turismo, Celso Sabino, defendeu nesta segunda-feira (4) que o afundamento da mina da Braskem em Maceió (AL) não prejudicou nenhum ponto turístico da capital e que os turistas devem manter suas programações. Em declaração após reunião no Senado com o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), e o presidente em exercício do Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), o ministro assegurou que as atrações turísticas da cidade não foram afetadas.

“Não há nenhum aparelho turístico na cidade que está sendo influenciado pelos afundamentos. A Avenida Litorânea, as praias da cidade, o aeroporto da cidade, os hotéis que ficam ali nos principais atrativos turísticos da cidade de Maceió, nenhum deles tem sofrido qualquer consequência dos afundamentos”, afirmou Sabino.

Diante disso, o ministro fez um apelo aos turistas que já planejaram visitar a região: “Mantenham os seus planos, vão conhecer e fazer turismo no Brasil, especialmente em Maceió, que sem dúvida nenhuma é um dos lugares mais bonitos do Brasil a ser conhecido”.

O prefeito de Maceió, por sua vez, ressaltou que a área de infraestrutura turística não sofreu nenhum tipo de abalo e tranquilizou os potenciais visitantes. Caldas também informou que a velocidade de afundamento da mina chegou ao menor patamar nesta segunda desde 28 de novembro, passando de 5 centímetros por hora para 0,25 cm, segundo dados da Defesa Civil da cidade. Ainda de acordo com a Defesa Civil, a região da Mina 18, onde ocorreu o afundamento, está afastada da área turística e nem os moradores passam por lá.

Os primeiros alertas sobre os danos no solo aconteceram em meio a tremores de terra no dia 3 de março de 2018. Na ocasião, o abalo fez ceder trechos de asfalto e causou rachaduras no piso e paredes de imóveis, atingindo cerca de 14,5 mil casas, apartamentos e estabelecimentos comerciais nos bairros Pinheiro, Mutange, Bebedouro, Bom Parto e Farol. Desde então, a situação tem sido monitorada e medidas de precaução estão sendo adotadas.

Porém, a Defesa Civil permanece em alerta máximo e mantém a orientação para que a população evite transitar na área desocupada, uma vez que o solo da mina 18 da Braskem afundou 1,69 m desde o início do monitoramento, em 28 de novembro, até domingo, 3 de janeiro. A região passou a ser monitorada devido aos novos abalos sísmicos nesta semana, que geraram risco iminente de colapso.

Ainda assim, segundo dados de monitoramento da Braskem, a acomodação do solo segue concentrada na área da mina e poderá se desenvolver de duas maneiras: de forma gradual até a estabilização ou de maneira abrupta. O sinal de alerta foi reforçado na última quarta-feira (29), quando a Defesa Civil de Maceió alertou que a mina da Braskem estava em risco iminente de colapso, resultando no pedido para que a população que mora próximo à área atingida deixasse o local e procurasse abrigo, além do decreto de estado de emergência na cidade por 180 dias.

O abalo sísmico registrado recentemente foi ainda mais forte do que o ocorrido na noite de sexta (1º), que teve magnitude 0,39. Desta vez, o evento ocorreu a 300 metros de profundidade. Em virtude disso, a população foi alertada sobre os riscos e medidas de segurança foram reforçadas.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo