Endividamento das famílias brasileiras cai pelo quinto mês, mas ainda atinge 76,6% delas, aponta pesquisa da CNC

Pesquisa mostra redução do endividamento das famílias brasileiras

Os resultados mais recentes da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) revelam que o endividamento das famílias brasileiras continua em queda. Apesar disso, 76,6% dessas famílias ainda têm dívidas a vencer em cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e da casa. O percentual de endividados representa uma diminuição de 0,5% em relação ao mês anterior, o quinto mês consecutivo de redução.

Segundo José Roberto Tadros, presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a sensação de melhora nas condições econômicas do país pode ser o motivo por trás da queda no endividamento. Tadros aponta o progresso do mercado de trabalho como um fator relevante, mencionando que a maior contratação esperada durante o período de fim de ano tem favorecido os orçamentos domésticos, levando a menos pessoas recorrendo ao crédito.

A pesquisa também apontou que o índice de famílias inadimplentes ficou em 29%, representando uma queda em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar disso, o número de pessoas que relataram falta de condições para pagar dívidas de meses anteriores diminuiu para 12,5%. O economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, destacou que essa queda é um sinal de eficácia do programa Desenrola.

No entanto, a pesquisa destacou que a faixa de renda média, entre cinco e dez salários mínimos, viu um aumento no número de pessoas endividadas, indicando a possibilidade de parte desses consumidores não conseguirem pagar suas dívidas. O uso do cartão de crédito ainda é predominante entre os endividados, atingindo 87,7% do total de devedores.

Além disso, a pesquisa mostrou que o endividamento entre as mulheres teve uma queda mais expressiva em comparação aos homens. O total de mulheres endividadas permaneceu com tendência de queda, enquanto o endividamento entre os homens teve um pequeno aumento.

Esses resultados mostram uma tendência positiva em relação ao endividamento das famílias brasileiras, apesar de alguns desafios ainda persistirem, principalmente entre as pessoas de baixa renda. Com a melhora das condições econômicas, espera-se que o endividamento continue a diminuir nos próximos meses.

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