Segundo a empresa, a decisão de cancelar a participação na COP28 foi tomada para evitar que a situação em Maceió sobrepujasse as discussões técnicas que a empresa poderia oferecer durante o evento. A Braskem afirmou que cancelou sua presença em todos os painéis que participaria na conferência.
O presidente-executivo da Braskem, Roberto Bischoff, afirmou que existem “bons indicativos” de acomodação do solo na área da mina com risco de colapso, mas ressaltou que não é possível afirmar qual será o resultado. Enquanto isso, a Defesa Civil de Maceió continua em “alerta máximo” devido ao risco iminente de colapso da mina 18 de sal-gema da Braskem, localizada no bairro de Mutange.
A extração de sal-gema sob Maceió começou na década de 1970, mas foi interrompida em 2019 devido às rachaduras que começaram a surgir pela cidade, causadas pela movimentação das cavidades criadas pela mineração. O processo de fechamento das minas ainda está em andamento.
A decisão da Braskem de cancelar sua participação na COP28 é um reflexo das preocupações com a situação em Maceió e mostra o impacto que a crise tem gerado não apenas localmente, mas também em eventos de alcance global sobre mudanças climáticas. A atitude da empresa também ressalta a importância de lidar de forma responsável e transparente com os impactos ambientais de suas atividades. A situação em Maceió serve como um alerta para questões relacionadas à exploração de recursos naturais e seus efeitos a longo prazo.