Reino Unido doa 35 milhões de libras ao Fundo Amazônia durante a COP28 em Dubai, totalizando 215 milhões de reais.

O Reino Unido demonstrou seu comprometimento com a preservação da Amazônia ao anunciar a doação de 35 milhões de libras, o equivalente a cerca de R$ 215 milhões, adicionais para o Fundo Amazônia no último sábado (2). A ministra de Segurança Energética do Reino Unido, Claire Coutinho, fez o anúncio durante a COP28, conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Essa doação, soma-se ao aporte de 80 milhões de libras, aproximadamente R$ 500 milhões, que o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak havia anunciado em maio. O contrato para a transferência desse primeiro montante foi assinado também neste sábado durante a COP28, em um ato simbólico que reforçou o compromisso do país com a preservação da floresta amazônica.

A assinatura do contrato foi realizada com o presidente do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, que, por sua vez, é o responsável pela gestão do Fundo Amazônia. A presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, no evento, ressaltou a importância desse aporte de recursos para a continuidade dos projetos de preservação da Amazônia.

Criado em 2008, o Fundo Amazônia é considerado a principal iniciativa internacional para redução das emissões de gases do aquecimento global e preservação da floresta. Países como Noruega, Alemanha, EUA, Suíça e, agora, Reino Unido, integram a lista de doadores do fundo, que tem como objetivo financiar projetos de preservação da floresta e promoção de atividades sustentáveis na Amazônia, visando a redução do desmatamento e a mitigação dos impactos das mudanças climáticas.

Em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, o então ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, extinguiu os comitês responsáveis pela gestão dos recursos do Fundo Amazônia, o que acabou inviabilizando o financiamento de projetos e a continuidade das doações. O Brasil deixou de investir cerca de R$ 3 bilhões em ações ambientais entre 2019 e 2022, valor que permaneceu retido no fundo após a dissolução dos comitês orientadores.

No entanto, em outubro de 2022, o STF (Supremo Tribunal Federal) determinou que a União tomasse as providências necessárias para reativar o Fundo Amazônia, considerando a inconstitucionalidade da extinção dos comitês. A reintegração dos comitês por decreto em janeiro de 2023 pelo presidente Lula possibilitou a retomada das doações e a garantia de investimentos futuros para a preservação da Amazônia.

Essa atitude do Reino Unido reforça a importância do engajamento global na preservação da Amazônia, contribuindo para a continuidade de projetos que visam a proteção da maior floresta tropical do mundo.

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