Filme de 29 segundos nos cinemas alerta sobre os riscos do glaucoma e importância dos exames preventivos

Uma campanha realizada pela Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG) levou um alerta sobre os riscos da doença para os cinemas de 125 cidades do Brasil entre os dias 7 e 15 de dezembro. O objetivo da campanha é destacar a importância dos exames preventivos com oftalmologistas e ressaltar a gravidade do glaucoma, que é a principal causa de cegueira irreversível no mundo.

A ação consiste na exibição de um filme de 29 segundos que pretende chocar o público e mostrar as consequências devastadoras da doença. Segundo o presidente da SBG, Roberto Galvão Filho, a ideia é alertar as pessoas para que procurem tratamento o mais cedo possível, uma vez que a perda de visão causada pelo glaucoma é definitiva. O filme está programado para atingir quase 150 mil pessoas em todo o Brasil.

Ainda de acordo com a SBG, o glaucoma é desconhecido por grande parte da população, sendo que uma pesquisa realizada por oftalmologistas ligados à sociedade revelou que 90% dos participantes ignoravam que apresentavam sinais de risco da doença. Estima-se que 2,5 milhões de pessoas vivem com glaucoma no Brasil, e a tendência é que o número de casos aumente significativamente nas próximas décadas.

O dossiê elaborado pela SBG também revelou que em 2022 foram realizadas mais de 10 milhões de consultas oftalmológicas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil. No entanto, a descoberta tardia do glaucoma ainda é um problema, pois a doença é mais difícil e mais cara de tratar em estágios avançados. Segundo Galvão, trata-se de um problema de saúde pública que impacta não só os pacientes, mas também gera custos extras para o sistema de saúde.

O glaucoma é uma doença silenciosa e que não apresenta sintomas, o que torna o diagnóstico precoce fundamental para conter o avanço da doença. A doença afeta a visão periférica, o que faz com que os pacientes só percebam a perda visual quando a doença já está avançada. Por isso, a SBG reforça a importância da consulta anual ao oftalmologista para identificar a presença do glaucoma o mais cedo possível.

O tratamento para o glaucoma não é específico e definitivo, mas é possível controlar a doença e estacionar a perda de campo visual. Além disso, fatores como pressão intraocular elevada, diabetes, hipertensão arterial, miopia e predisposição genética podem aumentar o risco da doença.

Galvão ressaltou que todo o tratamento para o glaucoma está disponível no SUS, incluindo colírios, tratamento com laser e cirurgias. Portanto, é fundamental que as pessoas estejam atentas aos riscos da doença e busquem atendimento médico regularmente.

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