A geração que sabe: como os jovens estão lidando com a ecoansiedade e a responsabilidade sobre a crise climática

Em um almoço com a mesa cheia, a pergunta sobre qual era o maior medo se espalhou entre os presentes. Enquanto as respostas previsíveis surgiam, um garoto deixou claro que seu maior medo era a extinção em massa. A reação dos demais não foi a esperada, pois olhares de concordância e cumplicidade cruzaram a mesa, mostrando que essa geração está ciente do que está acontecendo.

A relação dos jovens com a questão climática não é subestimada, mas muitas vezes é evitada devido à sua insuportabilidade. O impacto das mudanças climáticas, as ondas de calor e desastres naturais são acompanhados por eles, mas o medo da extinção em massa é algo que ecoa em suas mentes, gerando um sentimento conhecido como “ecoansiedade”, que já é tratado como um quadro clínico.

Vivendo em um mundo onde o corpo deles está explodindo de hormônios, seios surgindo, ereções e a vontade de descobrir coisas novas, é compreensível que prefiram pensar no primeiro beijo, em vez de se preocuparem com cortes de emissões de carbono. No entanto, não podemos ignorar que a crise climática deixada pela geração anterior precisa ser resolvida por eles. Não é justo que a geração atual tenha que lidar com os problemas criados pelas anteriores, e ainda mais injusto esperar que resolvam isso sozinhos.

Apesar da magnitude da crise climática, é importante ressaltar que a solução não está apenas em práticas individuais, como separar o lixo e recusar sacolas plásticas. A verdadeira transformação requer ações mais impactantes, como a contenção da exploração de petróleo e a preservação das florestas. E isso não deve ser imposto apenas à sociedade, mas principalmente aos governos e corporações.

No Brasil, por exemplo, as pressões para impedir a exploração de mais petróleo e garantir a justiça climática devem ser colocadas em prática. A responsabilidade de agir recai sobre todos, mas, principalmente, nos ombros das lideranças governamentais e empresariais.

Voltando ao almoço, depois do impactante comentário do garoto sobre a extinção em massa, ficou evidente que a mensagem do jovem era um grito de alerta para a sociedade como um todo. É necessário que todos assumam a responsabilidade e ajam em prol de um futuro sustentável, que garanta a existência futura das próximas gerações. A mudança climática é um desafio global que exige a colaboração e ação de todos.

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