Primeiro Centro Municipal para pessoas com TEA do Brasil está previsto para inauguração em 2024 na cidade de São Paulo

No Brasil, a realidade de muitas pessoas autistas é a falta de espaços para socialização e de locais que incentivem a autonomia, especialmente para adolescentes e adultos que enfrentam dificuldades para interagir. Nesse contexto, a Prefeitura de São Paulo anunciou a previsão de inauguração do primeiro Centro Municipal para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) do país, com previsão para agosto de 2024. O projeto, estimado em R$ 40 milhões, está em fase final de licitação e as obras começarão em janeiro.

O Centro, que terá uma área de 5.000 m², será construído com pré-moldagens em concreto e ficará localizado na zona norte da capital paulista, onde está localizado atualmente um equipamento da Secretaria de Esportes. A expectativa é que o Centro Municipal para pessoas com TEA seja um espaço de convivência, formação de redes de apoio e de atividades para pessoas autistas, familiares e a comunidade. Segundo Silvia Grecco, secretária municipal da Pessoa com Deficiência, pasta responsável pelo complexo, o local contará com atividades que visam incentivar a autonomia das pessoas autistas, como montagem de um apartamento mobiliado onde os frequentadores poderão exercitar atividades diárias, como arrumar a cama, a casa, lavar roupas e cozinhar.

Além disso, o projeto prevê oficinas e atividades como teatro, dança, cinema, quadra poliesportiva, ginástica, piscina coberta e aquecida para aulas de natação/hidroginástica e sala de tecnologia assistiva. A proposta é oferecer um espaço inclusivo, com salas sensoriais, aprendizado de instrumentos musicais, espaços para canto, cozinha experimental e até mesmo um painel artístico, com a participação de artistas autistas, como Rio Sora, de apenas 6 anos, que já conta com 130 mil seguidores em sua página do Instagram.

A iniciativa é vista como um marco não só para São Paulo, mas para o Brasil, uma vez que a população autista enfrenta dificuldades de acesso a direitos básicos, como saúde e educação, além de espaços de socialização e lazer. A proposta é que o Centro Municipal para pessoas com TEA atue como um modelo a ser replicado em outras regiões, visando oferecer suporte não só para as pessoas autistas, mas também para suas famílias, cuidadores e a comunidade em geral. A expectativa é que iniciativas como essa contribuam para a inclusão e a promoção da autonomia das pessoas autistas, trazendo um impacto positivo para toda a sociedade.

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