O presidente ressaltou que os países em desenvolvimento vão precisar de valores significativos para implementar suas contribuições nacionalmente determinadas e planos de adaptação, e que as barreiras burocráticas impedem que os países pobres acessem os recursos dos quatro maiores fundos ambientais, que possuem um saldo de mais de U$S 10 bilhões. Lula também enfatizou a falta de representatividade e a necessidade de reforma do Banco Mundial e do FMI.
O presidente fez essas declarações em um evento organizado pelo G77 + China, que hoje reúne 134 nações de países da Ásia, África e América Latina. Durante a COP28, foi criado um Fundo de Perdas e Danos para financiar as medidas de compensação ambiental para os países mais vulneráveis, que já recebeu recursos que somam US$ 420 milhões de doações voluntárias. No entanto, a administração do Fundo pelo Banco Mundial levantou dúvidas sobre como será organizado o acesso a esses recursos.
Além das questões climáticas, Lula também comentou sobre as guerras na Ucrânia e na Palestina, pedindo medidas dos responsáveis pelos conflitos para que encerrem as batalhas. Ele chamou a ação de Israel na Faixa de Gaza de genocídio e pediu que as partes se sentem em uma mesa de negociação. Lula também pediu que o secretário-geral da ONU, António Guterres, dedique esforços para chegar a um acordo nessas guerras e defendeu mudanças no Conselho de Segurança da ONU, órgão responsável por preservar a paz mundial.
Diante disso, o presidente exortou os líderes de países a tomarem uma atitude para mudar o Conselho de Segurança da ONU ou a permitir que mais países participem da organização, a fim de garantir que a irresponsabilidade não prevaleça sobre a sensatez daqueles que brigam por paz.
Em resumo, Lula defendeu a necessidade de reformas nos mecanismos de financiamento climático e ambiental e expressou sua preocupação com os conflitos em curso, pedindo medidas concretas para promover a paz.