A comissão será composta por representantes da sociedade civil das três universidades estaduais paulistas (USP, Unicamp e Unesp), da Fatec e da Univesp, juntamente com integrantes da Secretaria de Educação e da Vunesp, fundação responsável pela elaboração da prova. A decisão de ter uma comissão formada apenas por pessoas da sociedade civil difere do protocolo seguido pelo Ministério da Educação no caso do Enem, onde o governo Lula acionou a Polícia Federal após identificar imagens do caderno de provas do Enem 2023 em circulação nas redes sociais.
A Secretaria de Educação não informou se planeja acionar a Polícia Civil ou se registrou boletim de ocorrência da possível fraude. No entanto, afirmou que a comissão terá a responsabilidade de investigar possíveis falhas, incluindo os indícios de vazamento do tema da prova de redação da 3ª série em três escolas participantes, assegurando a integridade e imparcialidade do processo seletivo que conta com a participação de mais de 1,2 milhão de alunos.
O Provão Paulista, aplicado pela primeira vez neste ano, visa selecionar estudantes de escolas públicas para ocupar mais de 15 mil vagas em instituições de ensino superior do estado, sendo mais de 2,7 mil dessas vagas para as prestigiadas universidades USP, Unicamp e Unesp. Além disso, a prova é parte de um vestibular seriado, com notas acumuladas nas três séries, sendo que a nota desta edição será considerada quando os alunos estiverem no 3º ano.
A preocupação com a integridade do processo seletivo é legítima, especialmente em um contexto em que a educação enfrenta desafios constantes. O vazamento do tema da redação do Provão Paulista traz à tona a importância de garantir a lisura e imparcialidade em processos seletivos tão importantes para o futuro dos estudantes. A sociedade aguarda com expectativa os desdobramentos desta investigação e confia que as medidas necessárias serão adotadas para assegurar a integridade do processo seletivo.
