De acordo com o comunicado oficial da COP28, as empresas envolvidas no pacto são responsáveis por 40% da produção mundial de petróleo. Mais da metade dessas companhias são estatais, o que ressalta a importância do comprometimento global com a redução de emissões. A Carta de Descarbonização do Petróleo e do Gás estabelece metas ambiciosas, incluindo a neutralização de emissões de carbono até 2050, a eliminação da queima de gás até 2030 e a redução das emissões de metano para quase zero.
O presidente da COP28, Sultan Al Jaber, enfatizou a importância desse pacto como um primeiro passo significativo rumo à ação climática. Ele ressaltou que é fundamental que todas as empresas reconheçam sua responsabilidade na redução das emissões e apliquem uma visão positiva para impulsionar a ação climática em todo o mundo.
Além das metas de redução de emissões, o pacto também prevê investimentos em energias renováveis, combustíveis com baixo teor de carbono e tecnologias de emissões negativas. No entanto, organizações ambientalistas criticaram a carta por não mencionar a eliminação gradual do uso de combustíveis fósseis. O líder de Mudanças Climáticas da WWF-Brasil, Alexandre Prado, considerou as metas anunciadas insuficientes diante da emergência climática que o mundo enfrenta.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, destacou a utilização de créditos de carbono como parte do plano da empresa para compensar suas emissões. Prates ressaltou a importância de compreender a necessidade gradual de transição energética, considerando que o mundo não pode simplesmente parar de usar petróleo da noite para o dia.
Ao aderir a esse pacto, as empresas petrolíferas demonstram um compromisso explícito com a redução das emissões e o investimento em soluções mais sustentáveis para o futuro energético do planeta. No entanto, a pressão das organizações ambientalistas demonstra que ainda há um longo caminho a percorrer, e que a transição energética precisa ser acelerada para lidar com a emergência climática que estamos enfrentando.