Brasil se prepara para participar da Opep+ visando influenciar na transição energética e promover alternativas aos combustíveis fósseis.

Brasil entra para a Opep+ para influenciar transição energética

O Brasil anunciou sua participação na Organização dos Países Produtores de Petróleo Plus (Opep+), que reúne grandes produtores de petróleo e seus aliados. O intuito é influenciar na transição energética global, conforme afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em evento durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Lula ressaltou a importância da participação brasileira para convencer os países produtores de petróleo a se prepararem para o fim dos combustíveis fósseis. Segundo ele, os países devem utilizar os lucros provenientes do petróleo para investir na produção de energias renováveis, como o hidrogênio verde, visando assim a redução do aquecimento global.

A Opep, criada em 1960, conta atualmente com 13 membros, que incluem países como Arábia Saudita, Venezuela, Iraque, Irã, Kuwait, Nigéria e Angola. Já a Opep+, a qual o Brasil se juntará, reúne dez países aliados dos membros permanentes, como Rússia, México, Malásia e Sudão.

É importante destacar que o presidente enfatizou que o Brasil participará mais como um observador, não tendo poder de decisão no cartel do petróleo. Ele comparou a participação do Brasil na Opep+ à sua participação no G7, onde é um parceiro, mas não tem poder de influência direto.

Além disso, durante o evento, Lula mencionou o hidrogênio verde como uma possível alternativa para substituir os combustíveis fósseis. O Brasil tem se destacado como um potencial produtor desse tipo de combustível. No dia 29 de novembro, o Plenário da Câmara dos Deputados aprovou o marco legal para a produção do hidrogênio verde, prevendo incentivos fiscais para sua produção.

A crise climática também foi abordada durante o evento, onde foram destacadas as emissões de gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global. O presidente ressaltou a importância de buscar alternativas para reduzir essas emissões, como a substituição dos combustíveis fósseis por energias renováveis.

A participação do Brasil na Opep+ será um passo importante na influência da transição energética global, buscando assim contribuir para a redução dos impactos das mudanças climáticas.

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