Após a leitura do relatório, a comissão terá a opção de conceder um prazo de até 5 dias para vista antes de votar o documento final. Vale ressaltar que a CPI tem como prazo limite o dia 19 de dezembro para encerrar as suas atividades.
Desde que foi instalada no mês de junho, a CPI das ONGs já realizou um total de 30 reuniões e ouviu 28 depoimentos. Entre os depoentes, figuras importantes como a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, os presidentes do Ibama e do ICMBio, Rodrigo Agostinho e Mauro Oliveira Pires, respectivamente, além dos ex-ministros Ricardo Salles e Aldo Rebelo, e diversos representantes de comunidades indígenas e organizações não-governamentais.
Além das reuniões, a CPI também realizou cinco diligências externas, visitando os estados do Acre (duas vezes), do Amazonas, do Mato Grosso e do Pará. Durante essas visitas, foram apuradas denúncias de abusos de poder por parte de autoridades ambientais e forças de segurança. A comissão também enviou 72 pedidos de informações a diversos órgãos e autoridades, com o intuito de esclarecer o financiamento de ONGs com recursos públicos e estrangeiros.
O senador Plínio Valério foi o responsável pelo requerimento que originou a criação da CPI e atuou como presidente da comissão. A investigação tem gerado grande expectativa e tensão, uma vez que envolve questões fundamentais para a preservação da Amazônia e o papel das organizações não-governamentais na região.
Com a apresentação do relatório final prevista para a próxima semana, o desfecho desta CPI das ONGs será aguardado com grande interesse por parte da sociedade e dos envolvidos no debate sobre o meio ambiente e sua preservação.