O presidente enfatizou que o planeta não pode mais suportar acordos climáticos não cumpridos, metas de redução de emissão de carbono negligenciadas e discursos vazios. Ele alertou que a próxima geração não terá mais tempo para resolver esses problemas e ressaltou que as consequências das mudanças climáticas já estão sendo vivenciadas, com secas, enchentes e ondas de calor cada vez mais intensas e frequentes.
Lula também mencionou exemplos específicos de impactos no Brasil, citando a seca no Norte do país e as enchentes no Sul, além de destacar a situação crítica enfrentada pela Amazônia, atingida por uma das mais severas secas de sua história. Ele ressaltou que as populações mais pobres são as mais afetadas pelas mudanças climáticas e alertou que a conta das adversidades ambientais não é a mesma para todos.
O presidente questionou o comprometimento dos líderes mundiais em salvar o planeta, fazendo um paralelo entre os gastos com armas e a falta de investimentos na luta contra a fome e as mudanças climáticas. Ele enfatizou a necessidade de enfrentar as desigualdades sociais e econômicas para construir a resiliência necessária para lidar com eventos extremos e combater o aquecimento global.
Lula ressaltou a importância do multilateralismo e expressou sua preocupação com a falta de implementação de acordos climáticos, como o Protocolo de Kyoto e os Acordos de Paris. Ele também enfatizou a responsabilidade dos governantes em atuar em conjunto para enfrentar os desafios ambientais e destacou o compromisso do Brasil em liderar pelo exemplo, mencionando os esforços do país para reduzir o desmatamento na Amazônia e promover práticas sustentáveis na agricultura e na indústria.
Dessa forma, o discurso de Lula na COP28 destacou a necessidade de ação imediata e coordenada para enfrentar as mudanças climáticas, ressaltando a importância de cumprir os compromissos ambientais e buscar soluções para reduzir as desigualdades sociais e econômicas.
