A solicitação foi feita após reportagens jornalísticas divulgadas recentemente e notícias-crime protocoladas por políticos de oposição indicarem que Janones teria encaminhado áudios pelo Whatsapp a ex-assessores, pedindo que parte de seus salários fosse repassada para auxiliar em campanhas eleitorais. As supostas ações teriam começado em 2019.
Ana Borges Coêlho Santos, vice-procuradora-geral da República, explicou que o inquérito tem como objetivo verificar se o deputado cometeu o que é popularmente conhecido como “rachadinha”, prática em que funcionários devem repassar parte de seus salários para o político que os emprega.
Além disso, Santos destacou que também não se pode descartar a possibilidade de que Janones tenha exigido, em decorrência de seu mandato parlamentar, vantagens econômicas indevidas de seus assessores e ex-assessores como condição para que permanecessem em seus cargos em comissão.
A Agência Brasil tentou entrar em contato com o gabinete de Janones, mas até o momento não obteve retorno.
Essa solicitação da PGR ao STF vem em um momento de grande atenção para a conduta ética dos parlamentares, impulsionada por denúncias e investigações envolvendo diversos políticos. A expectativa é de que o inquérito contra Janones seja aberto em breve, e a repercussão desse caso certamente terá um impacto significativo na opinião pública.
Diante dessas acusações, Janones terá que enfrentar um processo legal que pode resultar em sérias consequências políticas e legais. A abertura do inquérito representa mais um capítulo na complicada relação entre os representantes do povo e a justiça, que segue sendo acompanhada de perto pela sociedade.
