Segundo a organização Climate Policy Initiative, estima-se que países em desenvolvimento precisarão de cerca de US$ 2,4 trilhões em financiamento climático por ano até 2030. Para tentar superar o impasse na questão do financiamento, os Emirados Árabes Unidos, anfitriões da COP28, anunciaram a iniciativa Altérra, com o objetivo de mobilizar US$ 250 bilhões em investimentos até o final da década.
Apesar disso, é importante destacar a ligação direta do presidente da COP28, Sultan Ahmed Al-Jaber, com a indústria dos combustíveis fósseis, sendo presidente da Adnoc – uma gigante petrolífera estatal dos Emirados Árabes Unidos. Além disso, reportagens mostram que o país anfitrião planejava fazer acordos relacionados a combustíveis fósseis com 15 nações, incluindo o Brasil.
O Banco Mundial também se comprometeu a aumentar a quantidade que gasta anualmente em projetos relacionados ao clima para 45% de seu financiamento de 2024 a 2025. Além disso, o Secretário-Geral da ONU, António Guterres, apoiou esforços para reformar o sistema de bancos multilaterais de desenvolvimento do mundo, a fim de alavancar mais financiamento privado a custos razoáveis.
No entanto, relatórios apontam que o financiamento climático anual médio atingiu quase US$ 1,3 trilhão em 2021-22, mas apenas cerca de US$ 30 bilhões, ou 2%, foram destinados para países em desenvolvimento. O Grupo Independente de Especialistas de Alto Nível sobre Financiamento Climático também afirmou que o investimento era insuficiente e que grande parte estava sendo mal direcionado.
Para ajudar a canalizar o apoio às instituições financeiras de mercados emergentes, o Banco Mundial e outros credores multilaterais lançaram a Coalizão Global de Desenvolvimento de Capacidades. O objetivo é garantir que o financiamento climático não seja desperdiçado em projetos falsos.
Além disso, a Fundação Gates e os Emirados Árabes Unidos se comprometeram juntos com US$ 200 milhões para apoiar pequenos agricultores na África e na África do Sul. O Bezos Earth Fund, entre outros doadores líderes focados no clima, lançou a plataforma de investimento Allied Climate Partners, com o objetivo de gerar US$ 11 bilhões em investimentos em países em desenvolvimento.
Por fim, o Banco Mundial planeja ter um fundo para compensar países vulneráveis atingidos por eventos climáticos extremos em funcionamento em apenas três meses, motivando esperança na luta contra as mudanças climáticas e na preservação do meio ambiente.