Nesta sexta-feira (1º), o governo brasileiro esteve presente em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para apresentar o Plano de Transformação Ecológica do Brasil como uma proposta do Sul Global durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28). O termo Sul Global é utilizado para fazer referência aos países em desenvolvimento ou emergentes, que estão localizados predominantemente no Hemisfério Sul do planeta.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi o porta-voz do governo brasileiro e destacou que o plano não apenas representa uma plataforma para investimentos sustentáveis no Brasil, mas também é uma proposta do Sul Global por uma nova globalização, uma que seja ambientalmente sustentável e socialmente inclusiva. Durante seu discurso, Haddad ressaltou a importância de superar a herança colonial de exclusão social, destruição ambiental e subordinação internacional do Brasil.
O ministro destacou que o Plano de Transformação Ecológica visa interromper cinco séculos de extrativismo e destruição do meio ambiente. O plano está estruturado em cinco eixos principais: financiamento sustentável, desenvolvimento tecnológico, bioeconomia, transição energética, economia circular e infraestrutura e adaptação às mudanças do clima.
Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, esteve presente no evento e enfatizou a importância de unir a economia com a ecologia para enfrentar as mudanças climáticas. Ela ressaltou que o Brasil já possui a tecnologia e parte das respostas técnicas necessárias para dar início a essa transformação ecológica. Além disso, destacou o compromisso ético e político do presidente Lula em liderar pelo exemplo.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será fundamental na implementação do Plano de Transformação Ecológica. O presidente da instituição, Aloizio Mercadante, afirmou que o banco estará na linha de frente do financiamento do plano e pretende liderar a experiência em direção ao Brasil verde e descarbonizado. Ele também mencionou que o BNDES é o banco que mais financiou energia renovável, limpa e sustentável da história de todos os bancos do planeta.
Outras autoridades brasileiras relevantes estiveram presentes no evento, como a ex-presidente Dilma Roussef, que preside o banco do Brics, o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), e o brasileiro Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ambos devem desempenhar papéis importantes na implementação e financiamento do Plano de Transformação Ecológica do Brasil.
A apresentação do plano na COP28 representa um passo significativo do Brasil na liderança do Sul Global em questões ambientais e de sustentabilidade. Com o compromisso do governo brasileiro e o envolvimento de instituições financeiras e lideranças globais, espera-se que o Plano de Transformação Ecológica traga impactos positivos tanto para o país quanto para o mundo.
