Além disso, outros crimes como feminicídios, homicídios contra indígenas, estupros e registros de armas também tiveram resultados piores para a região amazônica. A taxa de feminicídio foi de 1,8 por 100 mil mulheres na Amazônia, 30,8% acima da média nacional. Já a violência sexual teve uma taxa de 49,4 vítimas para cada 100 mil pessoas na região, 33,8% maior do que a média nacional.
A presença do crime organizado na Amazônia também é evidente, com a identificação de pelo menos 22 facções atuando na região. A disputa territorial entre essas facções é responsável por criar um ambiente de extrema violência, afetando cerca de um terço da população amazônica, segundo o relatório.
Além disso, o crescimento do registro de armas de fogo, a apreensão de drogas e os crimes ambientais também contribuem para o quadro de insegurança na região. O desmatamento aumentou 85,3%, e o comércio ilegal de madeira teve um crescimento de 37,6%. Há também um aumento significativo na grilagem de terras, que quase triplicou em um período de cinco anos.
O estudo também aponta um crescimento alarmante na extração de ouro, o que pode ser considerado uma “nova corrida do ouro” na Amazônia Legal. A exploração mineral tem sido impulsionada pela diminuição das fiscalizações ambientais e pelo aumento do preço da grama do ouro durante a pandemia de COVID-19.
Esses dados revelam a gravidade da situação na Amazônia e destacam a urgência de medidas para conter a violência e a exploração desenfreada da região. A Amazônia não pode mais suportar níveis tão elevados de violência e destruição ambiental. É necessário que autoridades governamentais e órgãos competentes atuem de forma efetiva para conter essa escalada de crimes e proteger a população e o meio ambiente da região.