O motivo da greve está relacionado ao cancelamento do resultado das eleições do SindMotoristas, sindicato que representa motoristas e trabalhadores dos ônibus de São Paulo. O Tribunal Regional do Trabalho cancelou o resultado das eleições, o que gerou insatisfação na categoria e levou à decisão de paralisação do serviço.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, expressou sua insatisfação com a anunciada greve, criticando a falta de aviso prévio e afirmando que a população não pode sofrer as consequências da decisão da Justiça. Ele considera o anúncio de paralisação sem aviso prévio como sem sentido, trazendo preocupações sobre o impacto que essa possível greve terá na rotina e nas atividades dos moradores da cidade.
É importante ressaltar que a paralisação não foi aprovada em assembleia pela categoria, e que a suspensão do resultado das eleições atendeu a um pedido da chapa Grupo Oposição e Luta, que é contrária à atual direção do sindicato. A chapa vencedora, Resgate Raiz, obteve cerca de 14 mil dos 20 mil votos, mas teve seu resultado cancelado.
O SindMotoristas, por meio de seu presidente José Valdevan de Jesus Santos, negou ter convocado a greve, afirmando que a paralisação foi organizada pela “extinta comissão eleitoral” encabeçada pela chapa 4. Ele ressaltou que qualquer paralisação no sistema de transporte urbano de São Paulo não terá a participação do sindicato e será considerada uma exploração política por parte da chapa de oposição.
Diante desse impasse, a população de São Paulo aguarda a decisão da Justiça em relação ao pedido de liminar feito pela Prefeitura. Enquanto isso, a possibilidade de uma greve dos motoristas e cobradores de ônibus traz preocupações sobre os possíveis impactos na mobilidade urbana da cidade.