Além disso, o estudo mostrou que entre os estudantes que leem textos mais extensos, 33% alcançaram pelo menos o nível 3 em leitura, ciências e matemática no Pisa, indicando um bom desempenho nessas áreas. Em contrapartida, apenas 6% dos alunos que leem menos de uma página conseguiram resultados semelhantes.
Ao analisar os índices de leitura do Brasil em comparação com outros países, o estudo revelou que o Brasil tem o maior índice de estudantes que afirmaram ter lido textos com uma página ou menos, com 19,6%, enquanto a média dos países desenvolvidos da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de apenas 5,5%. Além disso, o Brasil é o país da América do Sul com o menor índice de estudantes que declararam ter lido mais de 100 páginas, com apenas 9,5%.
A pesquisa também apontou que países com maiores índices de Produto Interno Bruto (PIB) e menores taxas de desemprego entre a população jovem têm jovens com melhores hábitos de leitura. A análise considerou os dados dos questionários do Pisa dos anos de 2000 e 2009, juntamente com as variáveis externas do PIB per capita dos países e a taxa de desemprego entre jovens de 15 a 24 anos. De acordo com o estudo, a hipótese é de que jovens com bons hábitos de leitura podem estar mais capacitados para o mercado de trabalho, o que pode impactar no aumento do PIB per capita de um país.
Portanto, os resultados desse estudo reforçam a importância da leitura de textos extensos para o desenvolvimento acadêmico e profissional dos alunos.