A criação do fundo de perdas e danos no primeiro dia da COP28 abre a possibilidade para que os governos anunciem suas contribuições. Até o momento, diversos países já se comprometeram, incluindo os Emirados Árabes Unidos, a Alemanha, o Reino Unido, os Estados Unidos e o Japão, com doações que, somadas, prometem alcançar uma quantia substancial.
Essa conquista de recursos é vista como um avanço significativo, atendendo a um antigo pedido das nações mais pobres. A expectativa é de que esse marco facilite a realização de outros compromissos ao longo das próximas duas semanas da cúpula.
No entanto, apesar dos avanços, alguns grupos demonstraram cautela em relação à decisão, apontando questões pendentes, como a sustentabilidade de longo prazo do fundo e as obrigações financeiras das nações mais ricas. O chefe de estratégia política global da Climate Action Network International, Harjeet Singh, ressaltou a importância de as nações ricas cumprirem suas responsabilidades financeiras de acordo com seu papel na crise climática.
Em suma, a criação do fundo de perdas e danos representa um avanço significativo na COP28, com potencial para impulsionar compromissos mais amplos ao longo da conferência. No entanto, a questão da sustentabilidade do fundo e a proporção das contribuições das nações mais ricas ainda são temas que exigem atenção e resolução durante as próximas semanas.