O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que o Brasil deseja integrar a entidade. Segundo ele, o convite foi feito durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Arábia Saudita. O presidente Lula “confirmou nossa carta de cooperação” com o grupo a partir de janeiro de 2024. O Palácio do Planalto informou que o convite é para ser um “membro observador” e que os detalhes estão sendo analisados.
Durante a reunião da Opep+ realizada nesta quinta-feira, ficou decidida uma redução voluntária na produção de petróleo dos membros, que resultará em quase 2 milhões de barris a menos por dia a partir de 2024. A medida visa elevar os preços do petróleo no mercado global. No entanto, a adesão do Brasil à Opep+ tem sido alvo de críticas por especialistas na área ambiental, que afirmam que o país está contrariando o compromisso de conter o aquecimento do planeta em 1,5°C, estipulado no Acordo de Paris.
Além disso, a adesão à Opep+ também é vista como controversa, tendo em vista os discursos de liderança ambiental proferidos pelo presidente Lula. Especialistas apontam que a entrada do Brasil na aliança vai de encontro ao esforço de conter o aquecimento global, uma vez que o país tem planos de intensificar a produção de petróleo.
A possibilidade de integrar a Opep+ também gera debates sobre os rumos econômicos do país, dividindo opiniões sobre os benefícios e desvantagens de fazer parte da aliança. Enquanto alguns acreditam que o Brasil teria mais poder de influência no mercado petrolífero, outros apontam que o país não teria vantagens em se submeter à disciplina de um cartel.
Tudo isso acontece em um contexto de debates sobre a redução do uso de combustíveis fósseis e a luta contra as mudanças climáticas. A decisão do Brasil em entrar para a Opep+ segue sendo alvo de discussões e críticas por parte de especialistas, políticos e organizações ambientais. Ainda há muitos pontos a serem analisados e discutidos sobre os impactos dessa decisão para o país e para o meio ambiente.