Repórter São Paulo – SP – Brasil

Agentes da Força Nacional são vítimas da violência em duas regiões do Rio de Janeiro em uma só noite.

Violência na cidade do Rio de Janeiro atinge agentes da Força Nacional

Em uma única noite, dois episódios de violência atingiram agentes da Força Nacional em diferentes pontos da cidade do Rio de Janeiro. Na Vila Valqueire, na zona oeste, o soldado Edmar Felipe Alves dos Santos, de 36 anos, foi morto enquanto tentava conter uma briga na rua. Em outra região da cidade, dois policiais do contingente foram assaltados no Complexo do Chapadão, um conjunto de favelas na zona norte. Acionada para conter a escalada da violência no estado, a Força Nacional atua no Rio desde 17 de outubro com previsão de permanecer até 31 de janeiro de 2024, sujeita a reavaliação para prorrogar ou não a estadia da força.

Inicialmente, o envio da Força Nacional para o Rio tinha previsão de duração de apenas 30 dias após a chegada ao estado, ou seja, até o dia 16 deste mês. No entanto, o ministro da Justiça, Flávio Dino, decidiu prorrogar a presença dos agentes por pouco mais de dois meses. Um total de 300 agentes e 80 viaturas da Força Nacional foram enviados para dar suporte aos agentes de segurança já presentes no estado, principalmente à Polícia Rodoviária Federal (PRF) nas rodovias federais.

A Força Nacional é um contingente formado por policiais civis e militares, bombeiros e peritos de diversos estados. Ela é acionada em situações de emergência e calamidade pública para dar apoio aos órgãos de segurança. A atuação da Força Nacional no Rio se dá, principalmente, nas rodovias federais que passam pela região metropolitana do Rio, em apoio à PRF, que também recebeu reforço de agentes. Quando o ministro autorizou o envio da Força Nacional, ficou decidido que os agentes seguiriam um planejamento definido pelo comando da força, da Secretaria Nacional de Segurança Pública e pelo próprio Ministério da Justiça.

No entanto, há um cuidado entre os comandantes sobre a participação da Força Nacional em operação dentro de comunidades, já que os agentes são de outros estados e não conhecem as particularidades das favelas do Rio. Diante disso, na semana passada, dois policiais de outros estados foram assaltados no Complexo do Chapadão após entrarem por engano em um dos acessos da comunidade.

Os episódios de violência e a necessidade de reforço ao governo federal motivaram a prorrogação da presença da Força Nacional no Rio. O governador, Cláudio Castro, pediu reforço da Força Nacional após vídeos de traficantes fazendo treinamento armado no Complexo da Maré serem divulgados. Com a chegada da Força Nacional, uma série de episódios agravaram a escalada da violência, com a milícia como pivô da crise, incluindo homicídios, prisões e prejuízos milionários.

Os agentes da Força Nacional no Rio recebem uma diária de R$ 381,14 por dia trabalhado, além do salário estadual. No entanto, o Ministério da Justiça ainda não informou o valor total do custo da atuação da Força Nacional no Rio. A pasta também não divulgou o balanço da operação até o momento. A prorrogação da presença da Força Nacional no estado está sujeita a uma nova reavaliação em janeiro de 2024.

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