Segundo Chico Rodrigues, o protocolo de adesão foi assinado em 2015, encerrando um processo que havia iniciado quase dez anos antes, em 2006. Ele ressaltou que a Bolívia, que faz fronteira com o Brasil, a Argentina, o Chile, o Paraguai e o Peru, terá um papel extremamente relevante no caminhar da integração regional. O senador também destacou que a Bolívia contribuirá para a expansão do comércio regional, principalmente de exportações de gás natural, zinco, ouro, soja, prata e ureia.
Chico Rodrigues, que também é presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Bolívia, ressaltou que o Brasil foi o último país a aprovar essa medida e destacou a relevância estratégica da Bolívia para o Brasil, consolidada desde os anos 1950 através da colaboração energética e da parceria no setor de infraestrutura, como o gasoduto Bolívia-Brasil.
Com a adesão da Bolívia, o Mercosul passa a ter cerca de 300 milhões de habitantes, em uma área de 13,8 milhões de quilômetros quadrados e um produto interno bruto (PIB) de aproximadamente quatro trilhões de dólares. O senador enfatizou a importância desta adesão para o Brasil, que tem 3,4 mil quilômetros de fronteira com a Bolívia, entre Corumbá e Assis Brasil, de Mato Grosso do Sul, passando por Mato Grosso, Rondônia e Acre. Ele afirmou que a entrada da Bolívia no bloco inaugura uma nova fase de uma longa história de relacionamento que remonta à própria constituição dos dois países, incluindo a incorporação do território e do estado do Acre pelo Brasil.
Essa medida representa um marco importante para o fortalecimento das relações entre os países do bloco sul-americano e para a expansão do comércio regional, trazendo benefícios econômicos para os países envolvidos. A sanção do presidente da República é aguardada para que a adesão da Bolívia ao Mercosul seja efetivada.