Este cenário tumultuado tem impulsionado a tendência de glamorizar a assinatura de carros, fazendo parecer que se trata de algo novo ou inovador. Na verdade, a prática é muito conhecida no mercado como leasing operacional, com uma simples mudança de nome. A assinatura pressupõe que o interessado se livrará de administrar obrigações como contratar seguro, quitar impostos, taxas e realizar revisões periódicas. No entanto, na prática apenas desembolsará por esses serviços de outra forma. Além disso, situações imponderáveis, como honrar a franquia do seguro em caso de acidente, precisam ser consideradas.
Optar por um plano com limite de quilometragem mensal pode acarretar custos extras caso seja necessário rodar distâncias adicionais em viagens. Desistir da assinatura antes do final do período também pode incorrer em encargos mais pesados do que devolver um veículo financiado. Estas são algumas das nuances a serem observadas antes de optar por um programa de assinatura de veículos.
Em geral, a assinatura pode ser vantajosa para casos específicos de pessoas que têm condições de pagar à vista, mas preferem administrar o valor do veículo no mercado financeiro. No entanto, isso requer um conhecimento aprofundado dos investimentos e um capital alto para aplicar. Portanto, essa opção seria mais atraente para modelos de alto valor, como produtos importados.
Em meio a essas ponderações, fica claro que a assinatura de carros pode ser uma ótima opção para alguns consumidores, mas é necessário compreender completamente as implicações e os detalhes do contrato antes de se comprometer com um programa desse tipo.
Destaca-se que este artigo foi produzido por Fernando Calmon, respeitado jornalista do setor automotivo. Por meio de sua experiência e conhecimento, Calmon fornece insights valiosos sobre a prática da assinatura de veículos e suas nuances.
